Há 2 problemas no mantra
da profissionalização no setor socioambiental
Ora é encarado como sendo algo ‘já resolvido’
Ora é encarado como sendo um movimento
que só tem aspectos positivos
Vamos problematizar os 2 pontos
1.
A onda da profissionalização segue em curso
e, embora, ‘iniciada’ nos anos 90
não foi concluída
e arrisco a dizer que nunca será
Algum executivo de multinacional
deixa de se desenvolver
em algum momento?
Talvez para algumas ONGs da ‘zona sul de SP’
esse tema já esteja superado
Mas para a grande maioria delas
esse é um desafio sem fim
2.
Ouve-se muito que a profissionalização
do 3º setor (e afins)
é sempre algo positivo
Será?
Já há vozes (lá fora e aqui) nos alertando
para os perigos de pesarmos demais a mão
na profissionalização do setor
Mas, onde ela
poderia ser um problema?
Em transformar propósito
em retorno aos investidores
Em elevar a pressão sobre as equipes
gerando mais estresse e ‘burn out’
Em forçar a barra em narrativas
de que tudo deve virar ‘negócio’
Em criar dificuldades para a venda
de consultorias questionáveis
E antes que coloquem robôs aqui pra me detonar
Não sou contra a profissionalização
Mas há outras narrativas possíveis
para além deste suposto
caminho mandatório