para além
dos desafios socioambientais
e civilizatórios
que temos pela frente
e das disputas internas
entre fazedores de impacto
ONGs vs. Negócios
Filantropia vs. Estado vs. Mercado
…
temos que lidar também
com uma batalha de narrativas
que
em geral
damos pouco importância
quando
por exemplo
descartamos termos que
começam a ser percebidos
fora do eixo
– aceleradora, intermediários, etc –
será que esta seria a estratégia
mais inclusiva?
quando sonhamos
com impacto no mainstream
será que os novos atores
que chegarão a este campo
acolherão nossas divergências
e enxergarão os tantos seres ‘invisíveis’
e ‘patinhos feios’ do ecossistema?
quando ficamos pisando em ovos
em eufemismos sem fim
deixamos de dizer
as coisas como elas são
quando metade das palavras
que usamos são em inglês
queremos mesmo
incluir mais gente no ecossistema?
portanto
as batalhas narrativas
que ocorrem de forma meio submersa
entre fazedores de impacto
é uma realidade
ela existe
e tem nos colocado no bolso
muitas vezes
uma olhada ao redor
em tempos de pandemia
pra enxergarmos
que
além da crise sanitária
econômico-social-política
ela é também
uma crise de narrativas