árvores floridas
passam despercebidas
por tantos fazedores de impacto
talvez o novo shoppinga
da cidade
desperte mais a atenção
ou quem sabe
o quase novo unicórnio do mercado
a pobreza no farol
e sob o viaduto superfaturado
parece ter se tornado ‘aceitável’
entre fazedores de impacto
essa existência talvez
siga justificando a existência
de muitos de nossos projetos
a redução de espaços democráticos
não parece sensibilizar
fazedores de impacto
que preferem celebrar
cifras milionárias
supostamente pró-impacto
numa estratosfera meio distante
do chão desta fábrica
qual impacto?
não importa
não questione
apenas sorria
enquanto entregadores de app
e
‘vidas negras importam’
nos dão uma aula de engajamento cívico
seguimos celebrando
homens-brancos-faria-limers
como os novos líderes
de um certo impacto social
a vida segue produzindo desigualdades
em escala
e
se você caro(a) leitor(a)
também anda, como eu
meio cansado desse papo
de ‘novo normal’
e ‘nova economia’
e
entende
que há camadas mais profundas
nesta discussão
que não têm sido trazidas à tona
te convido a conhecer meu novo livro
– A EPIDEMIA DO IMPACTO –
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agradeço à Aupa pela parceria