confesso que nunca fui fã
do tal ‘triple bottom line’
hit absoluto nas paradas de sucesso
da sustentabilidade
ele sempre me soou como algo forçado
três dimensões
– social, ambiental e econômica –
que disputam entre si
e raramente
andam de mãos dadas
sabemos bem
qual delas tem levado a melhor
ultimamente ($)
mas em tempos surreais
em que estamos
não fica frágil
falar de iniciativas ‘sustentáveis’
e do boom do ESG
quando vemos gestores de carteiras
fazendo cara de paisagem
com nossa democracia
em frangalhos?
como sempre
esse tema
parece não vir ao caso
de que adianta vender
uma agenda como
‘sustentável’
enquanto o circo pega fogo
afinal
está tudo muito bem obrigado
e a retomada
será como um sonho de uma noite de verão
