abordagens inadequadas
abundam à nossa volta
e
elas não são simples ‘comos’
veremos
três exemplos:
– movimento sindical
insiste em protestos
com carro de som
gritaria
e palavras de ordem
sem entrar no mérito
das pautas dos protestos
a crítica aqui é de abordagem
esse tipo de experiência
ainda faz a cabeça de alguém?
de quem, cara pálida?
– movimento ambientalista
insiste na tecla do
‘não pode’
ao invés do
‘como pode’
e sem querer
aumenta a aposta de
‘atrapalhar o desenvolvimento’
discordo totalmente da pecha
mas percebo
que a abordagem contribui
pra alimentar a crítica canalha
– bolha do ESG e impacto
que já contam com
a mão invisível do mercado
mas
se essas agendas são meios
para mobilizar mais capital
pra iniciativas de impacto socioambiental
em que momento
as iniciativas
que não falam a língua do mercado
participam dessa roda?
se o papo se torna
tão tecniquês
essa abordagem resulta
em maior proximidade
ou distanciamento entre
quem faz impacto lá na ponta?
portanto
esse tipo de abordagem
está londe de ser
uma mera casualidade
é também
uma opção
(política, eu diria
mas a incauta audiência
me criticaria que essa rede
não é pra esse assunto)
nos três exemplos que trouxe
a abordagem vai muito além
de um simples ‘como’
e
às vezes
os ‘comos’ se tornam ‘quê’