uma das distorções
que mais me incomoda
no campo do
investimento social
é o de institutos corporativos
que apenas operam
recursos incentivados

o problema não é o
incentivo fiscal em si
– rouanet, lei do esporte, pronon, etc –
mas sim
o fato de
uma empresa criar
seu instituto corporativo

pra

ao invés de pôr a mão no bolso
e
alocar capital próprio
pra
contribuir com
alguma causa social/ambiental

usar esse novo CNPJ
pra se nutrir de recursos incentivados
muitas vezes
destinados pela própria empresa

uma aberração completa
muito presente
no setor

lembremos que o próprio conceito
de investimento social privado (ISP)
aponta para o uso de
recursos privados
voluntários
para o bem comum

um recurso incentivado
é privado?

é voluntário?

de novo
não tenho nada contra
o uso deste tipo de recurso

mas

criar um instituto corporativo
para ser apenas um operador
destes recursos
é
uma distorção sem tamanho

no final do dia
a empresa quer sair bem na foto
ao fazer seu ‘social’

mas

não quer pôr a mão
no próprio bolso
pra
materializar
sua narrativa de impacto social

o lado bom é que
narrativas falhas como essas
não param de pé
a
questionamentos
simples:

– qual o orçamento do instituto?
– de onde ele vem?

mais uma da série
distorções da fantástica fábrica
do impacto social

#impactonaencruzilhada

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