difícil não falar sobre a sensação
de desânimo e apreensão
pelas minhas andanças nos trilhos
da inovação social
embora exista o modismo
desta agenda
parece crescer a sensação de
enxugarmos gelo e
de sermos
peças descentes
num sistema indecente
somos criticados, de um lado
por sermos ‘vendidos’
e
de outro
por sermos ingênuos
Afinal, trabalhamos pra quem mesmo?
A financeirização do impacto avança
e deixará pra trás uma porrada de
pessoas e organizações
Advinha quem / quais?
mas seguimos aplaudindo
essa boa nova, afinal
‘dinheiro não aceita desaforo’
(não aceita, mas gera)
vamos lembrar que somos meros peões
neste complexo tabuleiro e
embora combativos,
somo facilmente derrubados
Pra quem esperava uma narrativa
mais cor de rosa
lamento não seguir a boiada
num post a la
‘7 maravilhas do impacto’
Perguntemos aos novos
investidores de ‘impacto’
quanto e onde eles mantêm seus
principais investimentos
e
num passe mágica
retornaremos à nossa insignificância
#impactonaencruzilhada