a vida de consumo frenético
segue mais ou menos em pausa

poluição atmosférica caiu
violência doméstica aumentou

rolê no shopping parou
mas já dá sinais de retomada
ida ao mercado virou walking dead

a tese de um Estado mínimo
parece perder força
e o debate deveria ser
‘Estado a serviço de quem?’

a ciência parece ganhar força
embora grupos de zap
sigam bombando de fake news

motoboys expõem as próprias vidas
pra faturarem com a crise

as filas gigantes nas agências bancárias
seria apenas um problema pras fintechs?
ou é reflexo de escolhas políticas?

a periferia tinha opção antes da crise?

uberizados e informais tinham opção
antes da pandemia?

o tal ‘novo normal’ escancara
um sistema pra lá do fla-flu habitual

supostamente valoriza a ciência
a informação
e o pensamento crítico

mas

a busca por saídas bala-de-prata
segue a topo vapor

neste momento
talvez não seja possível encontra-la
numa tarde agradável no shopping

oxalá em algum
market place
ou
em alguma Live travestida
de venda casada

#impactonaencruzilhada

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