com o boom do investimento de impacto
crescem críticas à doação
como instrumento de fomento
a impacto socioambiental
Vejo 3 riscos para a doação
neste contexto:
1.
que ela seja abandonada
afinal, há instrumentos mais ‘sexys’ do que ela
2.
que ela seja relegada à 2ª divisão
e fique com foco mais paroquial
3.
que haja maior pressão
por empresas mantenedoras
(de institutos corporativos)
para que estes novos instrumentos de ‘impacto’
sejam o tão sonhado ‘eldorado’
da autossuficiência destes institutos
(cá entre nós, algo irreal)
O tão falado ‘blended finance’ procura justamente
propor um mix de diferentes instrumentos
incluindo a ‘doação’ neste pensamento
Vale, por fim, lembrar que:
– nem todas as ONGs se tornarão negócios sociais
– nem todos os problemas socioambientais serão resolvidos pelo mercado
– nem todos os negócios sociais vão parar de pé em suas fases iniciais
– nem todos os intermediários deste campo vão conseguir manter-se de pé sem subsídios
– novos instrumentos mais ‘sexys’ vão precisar de capital filantrópico para se provarem mais atrativos a outros investidores
Como podemos ver
o contexto é muito mais
’50 tons de cinza’
E, portanto
se engana quem pensa
que a doação se tornará peça de museu