Já conheci um bocado de gente
nas minhas andanças profissionais
– governo, terceiro setor e privado
que se perdeu em seu chapéu institucional
seja pela soberba
pela política
por não priorizar sua entrega profissional
Para alguns
carregar um chapéu de uma grande organização
enche o peito e faz ‘subir’ na cabeça
Para outros
se perdem nos meandros da política
e deixam em segundo plano
sua entrega técnica
Em ambos os contextos
quando perdem seus vínculos laborais
seja por término de contrato
mudança de governo
ou demissão
Ficam a ver navios e tentam
recolocação a partir do seu networking
mas se esquecem dos tempos
em que estavam por cima da carne seca
quando eram grandes demais
pra ‘perder’ tempo com gente comum
Sabe aquele jogador
que se acha maior que seu time?
Imagino que você tenha pensando
no mesmo nome que eu…
Mas a fila anda
e a instituição que você representava
será sempre maior que você
e
algum belo dia
não precisará mais dos seus serviços
(por bem ou por mal)
Da noite pro dia
você entra na galeria dos ex
Momento pra buscar inspiração na poesia
essa eterna fonte de ensinamentos
“Nós vivemos a temer o futuro,
mas é o passado que nos atropela e mata”.
Mario Quintana