como um
agrônomo não praticante

sempre pinta a dúvida
na hora da ficha do hotel

profissão vs. atuação

mesmo não atuando como
um eng. agrônomo
cursaria novamente

mais pelo conjunto da obra
– morar em república
– viver a vida universitária
e
menos pela bagagem técnica recebida

super careta e vinculada a uma visão
monocultura de agricultura

de lá pra cá
– me formei e engatei o mestrado –
e
me mantive distante da universidade

doutorado nunca esteve no radar

afinal
a ideia era adquirir musculatura
no mundo profissional

e depois quem sabe
pensar num doutorado

talvez esse depois
esteja batendo à porta

as horas de vôo laborais
se deram em temas variados
– ambiental, social, seg. pública, juventude, saúde
e em setores diversos
– governo, setor privado, terceiro setor

reforçando a sensação
de ser um ET

hoje ser um profissa multi-tarefas
parece estar em alta

embora os experts em asa de borboleta
dirão o contrário

e qual momento estou?

sem dúvida
numa encruzilhada

com gana de fazer várias coisas
– no campo socioambiental –

porém
muitas delas não param de pé $

são ideias no guardanapo

daí vem a pressão dos boletos

com vontade de ter certa autonomia
para tentar projetos paralelos

assumir os vários chapéus que carrego
– escritor
– gestor
– mentor
– articulador
– intra-empreendedor
– tocador de bumbo
. . .

eles não param numa única cabeça
num único rótulo
numa única profissão

e o que fazer então?

não tenho a menor ideia

talvez
na próxima vez
no balcão do hotel
ser honesto e responder

profissão:
não sei

afinal
é preciso ter uma?

#impactonaencruzilhada

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ex-pecialista

quando eu tinha outro chapéu institucional era convidado para eventos, diálogos carregava…