Perguntas (des)pretensiosas

Como conquistar o
oceano (cheio de plástico) azul?

Como vender propósito pra viagem?

Como criticar a Bettina
mas bombar de likes como ela?

Como ir dormir vendendo a janta
e acordar com a sustentabilidade
econômica resolvida?

Como surfar a onda do ‘impacto’
sem tomar caldo?

Como sentar na janelinha
de forma ‘colaborativa’?

Como fazer os outros pagarem sua conta
com brilho no olho?

Como ser feliz não o sendo?

Como atuar em rede sendo o seu chefe?

Como ser o pai da criança
sem trocar fraldas?

Como ser anti-ético
sob o manto do compliance?

Como ter pensamento crítico
sem poder discordar?

(…)

A lista de perguntas é infinita
e nos faz pensar sobre as narrativas óbvias
e ‘de sucesso’
que tanto nos cercam

Sem esforço
são elas que veremos ao nosso redor

E serão elas
que seguirão pautando
nossas escolhas

No empreendedorismo
Nas startups
No mundo corporativo
No setor de ‘impacto’
Nas capas de revista
Nas redes sociais
Nos eventos por aí

Nunca precisamos tanto
de boas perguntas

Ainda que não tenhamos esperança
de obter boas respostas

Perguntar não ofende
Mas talvez a resposta sim

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