cresce a oferta de programas
de formação no campo social
ONGs famosas
grandes empresas
e universidades
oferecem programas pra
melhorar a gestão
de organizações do 3º setor
e
a performance de seus líderes
ideia louvável
mas o que ninguém fala
é das eventuais distorções
destas iniciativas
– uso de termos e narrativas
que talvez não representem
a diversidade do 3º setor no país
(será que favela é o termo em que todas as
comunidades periféricas se reconheçam? E as rurais?)
– forçada na barra na lógica das metas
e na ótica competitiva do mundo corporativo
(você tem que ser o melhor! Você tem que se superar!)
Isso funciona mesmo no nosso setor?
– desconsidera líderes que já existem nos próprios territórios
(líderes comunitários raiz)
– traz consigo um flerte com o mundo coaching
(basta você acreditar! Você é lider!)
que esvazia a dimensão histórica
política e sistêmica das relações
pois é
no final do dia
essas iniciativas têm mesmo
gerado fortalecimento institucional
de organizações pelo país?
ou
têm vendido um mundo
totalmente diferente da sua realidade?
seria sonhar demais
termos uma diversidade de oferta
deste tipo de iniciativas?
não apenas a visão da periferia de SP
do campo acadêmico
ou
da faria lima?
#impactonaencruzilhada