em tempos de glamour do impacto
e de ser chique mudar o mundo

como é possível ‘dar ruim’
nesta agenda?

aqui vão alguns rumos possíveis:

1. Desmerecer o passado

parece que quando as naus do ‘impacto’ atracaram
só havia terra arrasada

filantropia, ONGs, pol. púb, movimentos sociais
não existiam e seguem invisíveis
afinal
parecem só ‘atrapalhar’ mesmo

2. Apostar tudo no ‘novo’

as naus também trouxeram
‘novas’ soluções que empacotam
práticas antigas com nomes fashion
(design sprint, scrum….)

3. Colocar ênfase na dimensão econômica

pensamento acrítico que coloca o centro e gravidade
na dimensão econômica e tecnológica

viva a escala! doa a quem doer
o investidor é quem manda!

4. Baixo pensamento crítico

em tempos terraplanistas
é preciso dar luz ao
contraditório

mudar o mundo sem abalos sísmicos
e visão crítica
vira espuma ou fake news

5. Medir pra crer

a onda da métrica não pode
reduzir tudo a números de curto prazo
nem a um papo refinado demais

se as transformações socioambientais
são sistêmicas e complexas
como mostrar para nossas avós
seus avanços?

e

deixando de lado
o óculos cor de rosa
essa banda
não passará
pelo mundo
‘engajado e feliz’
do linkedin

nem adianta sorrir
na janelinha

#impactonaencruzilhada

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quando eu tinha outro chapéu institucional era convidado para eventos, diálogos carregava…